1 - Centro Comunitário Porta Aberta
O Centro Comunitário da Delegação de Águeda da Cruz Vermelha Portuguesa funciona desde 2005, no âmbito de um protocolo entre esta Instituição e o Instituto de Segurança Social. Os pressupostos que deram origem à criação desta resposta atípica surgiram da necessidade de criar respostas comunitárias específicas integradas para colmatar as carências de grupos de população mais vulneráveis e sem resposta por parte de outros serviços. Pretendia-se assim, criar respostas inovadoras e integradas mas sobretudo que agissem como um polo de desenvolvimento social e dinamizador das sinergias locais.
As atividades desenvolvidas nas diversas respostas que constituem o Centro Comunitário, visam sobretudo promover a pessoa e a família como agentes principais do seu desenvolvimento, abordando os problemas de uma forma sistémica e integrada e dinamizando metodologias de intervenção que privilegiam o trabalho social em rede, de acordo com os princípios chave orientadores desta mesma resposta.
Trata-se de uma estrutura polivalente, vocacionada para o exterior e para a intervenção na comunidade, que se perspetiva como um polo de animação comunitário.
Nos últimos anos as exigências e os desafios colocados pela intervenção social têm vindo a exigir adaptações e a criação de repostas inovadoras e criativas que vão de encontro às crescentes exigências da população que integra esta resposta. Os desafios técnicos e humanos têm vindo a ser cada vez maiores, e a especialização dos Técnicos e colaboradores reside na formação e na experiência adquirida com os anos de intervenção com os grupos alvo, bem como no amplo conhecimento da comunidade, dos grupos que a constituem e das suas necessidades, estando estabelecida uma relação de confiança, que levou a que esta resposta passasse a ser reconhecida pela comunidade como essencial ao seu desenvolvimento, havendo um claro respeito e reconhecimento do trabalho e impacto que o Centro Comunitário tem tido ao nível local.
A intervenção realizada tem sempre por base o respeito pelos direitos e dignidade das pessoas, envolvendo-as diretamente em todos os processos, colmatando as suas necessidades, dinamizando atividades, integrando redes de voluntariado, capacitando-as e promovendo a integração social e o bem-estar de todos os cidadãos e comunidade.
Assim, nesta lógica, o trabalho realizado é flexível, próximo e adaptado à realidade das pessoas, contribuindo para a construção da vida comunitária numa óptica integrada e dinâmica, contemplando processos participativos que reforça o estabelecimento de dinâmicas locais.
1.1 - Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Psicossocial
Neste serviço realiza-se o atendimento/acompanhamento, encaminhamento e informação a cidadãos e/ou famílias em situação de carências diversas ao nível da satisfação das necessidades básicas (alimentação, vestuário, higiene e outras), baixos rendimentos, presença de endividamentos, grandes encargos, fraca comparticipação financeira de alguns elementos do agregado familiar, dificuldade no acesso à proteção social, dificuldade na inclusão de indivíduos em situação de vulnerabilidade social e de indivíduos em situação de sem-abrigo. Pode-se ainda disponibilizar apoios pecuniários - apoios económicos eventuais para aquisição de bens essenciais ou apoio na organização económica do agregado familiar.
1.2 - Gabinete de Psicologia
Com o Serviço de Psicologia pretende-se efetuar Consultas de Psicologia individualizadas, implementação de programas individualizados de treino de competências, reabilitação neurocognitiva, avaliação psicológica para encaminhamentos diversos (Cursos de Formação; Unidades Residenciais para pessoas com deficiência; Pensão de Invalidez; Apoio aos Tribunais/Apoio às Equipas de Assessoria aos Tribunais e outros que se justifique), dinamização de grupos de autoajuda, resposta às necessidades da população do concelho de Águeda, ao nível do acompanhamento psicológico/consultas individualizadas de psicologia e aos encaminhamentos efetuados por outros serviços. Com este serviço pretende-se promover a melhoria da saúde mental da população carenciada do concelho de Águeda, promover a diminuição de problemáticas sociais tais como alcoolismo, violência doméstica e outras, a melhoria nas relações interpessoais, incremento dos níveis de investimento no cumprimento dos projetos de vida e objetivos pessoais, fomentar o aumento da flexibilidade/diminuição da rigidez cognitiva e a facilitação dos processos de encaminhamento para entidades diversas.
Os destinatários e beneficiários são: crianças, jovens, adultos e idosos, em situação de carência socioeconómica e/ou risco social, portadores de problemáticas que justifiquem a necessidade de intervenção psicológica individualizada, nomeadamente: indivíduos com perturbação afetiva e emocional, portadores de doença mental, pessoas com problemas de alcoolismo e outras dependências, situações de violência doméstica, pessoas em situação de crise e com necessidade de suporte, crianças e jovens com Processos de Promoção e Proteção, pessoas com processos judiciais/apoio aos Tribunais e outras situações que se justifique após avaliação técnica.
1.3 - Cantina Social e Comunitária
A Cantina Social funciona 365 dias por ano e fornece refeições confecionadas para indivíduos que, permanente ou temporariamente, não possuam condições (físicas, mentais, logísticas, materiais) para a confeção autónoma das refeições, gratuitas ou mediante o pagamento de uma comparticipação de acordo com a sua situação económica.
Através da Cantina Comunitária, todos os associados da instituição podem usufruir das refeições de almoço e/ou jantar, as quais podem realizar no refeitório da instituição e/ou em regime de take way.
1.4 - Distribuição Direta de géneros alimentares (BACF e PESSOAS2030) - Ficha de Projeto
Apoio em géneros alimentares para indivíduos que possuam condições (físicas, mentais, logísticas, materiais) para a confeção autónoma das refeições. Estes géneros alimentares são disponibilizados no âmbito da adesão, realizada anualmente ao Banco Alimentar Contra a Fome, e de outras campanhas nacionais e locais de recolha de alimentos (Missão Continente, entre outras), que envolvem voluntários (alguns deles clientes do Centro Comunitário) e colaboradores da Instituição. Através da aprovação da Candidatura em 2024 ao Portugal 2030, disponibilizamos ainda géneros alimentares a cerca de 244 destinatários de todo o concelho de Águeda, enquanto entidade Coordenadora e Mediadora em parceria com Os Pioneiros, enquanto entidade mediadora, no âmbito do Programa PESSOAS2030 – Privação Material.
1.5 - Distribuição Indireta de géneros alimentares - MaisPessoas - Ficha de Projeto
Enquanto entidade coordenadora e mediadora, pretendemos garantir a distribuição indireta de géneros alimentares e ou bens de primeira necessidade através da atribuição de cartões eletrónicos para a sua aquisição nos estabelecimentos comerciais aderentes, a famílias carenciadas bem como o desenvolvimento de ações de acompanhamento que pretendem informar e capacitar os destinatários para as regras de utilização do cartão, bem como seleção de géneros alimentares.
Pretende-se abranger 150 beneficiários com carência económica comprovada pelos serviços de acompanhamento, para suprir as necessidades nutricionais mensais e combater a privação material.
Este apoio será realizado através do Cartão Social, o qual será carregado mensalmente para os destinatários elegíveis.
1.6 - Banco de Ajudas Técnicas
Dispõe de um Banco de Ajudas Técnicas (cadeiras de rodas, camas articuladas, colchões e almofadas anti-escaras, auxiliares de marcha, distribuição de fraldas descartáveis a pessoas incontinentes, entre outros) para aluguer, mediante comparticipação simbólica, ou empréstimo gratuito de ajudas técnicas a indivíduos da comunidade que delas necessitem; Apoio na organização de processos para o pedido de financiamento de ajudas técnicas ao Núcleo de Cooperação e Respostas Sociais do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro.
1.7 - Lavandaria Social e Comunitária
Serviço disponível a todos os clientes das restantes respostas do Centro Comunitário e da comunidade. Dirige-se a clientes, que por dificuldades diversas (logísticas, pessoais e sociais) não dispõe de condições para fazer a higiene e o tratamento da roupa de forma autónoma, necessitando de apoio a este nível. Esta resposta poderá ser gratuita, em casos de elevada carência socioeconómica, ou mediante pagamento de uma comparticipação, conforme previsto no Regulamento Interno. Este serviço, esta disponível ainda a todos os associados da instituição, a preços acessíveis.
1.8 - Balneários Sociais
Serviço gratuito disponível para os clientes das diversas respostas existentes integradas no Centro Comunitário e todos os elementos da comunidade que não disponham de meios, condições e hábitos para realizar a higiene pessoal em casa. São criadas condições para a realização da higiene, sobretudo dos clientes que apresentam mais vulnerabilidade. É distribuído um Kit de higiene com os produtos necessários e fornecida uma muda de roupa limpa, com o apoio da Lavandaria Social e Banco de Roupas.
1.9 - Banco de Voluntariado
Pretende-se dinamizar um Banco de Voluntariado, através da organização de ações com vista à angariação de voluntários, nomeadamente jovens e adultos pertencentes à comunidade de Águeda, com disponibilidade para prestarem serviço de voluntariado e clientes da instituição e de outros serviços e respostas locais com competências que lhes permitam integrar bolsa de voluntariado.
Constata-se a necessidade de promoção do voluntariado, como importante agente da transformação das sociedades e necessidade de melhoria na rede de voluntariado existente.
1.10 - Ateliers Ocupacionais
Surgiram a partir das necessidades que se encontraram no trabalho desenvolvido no terreno, sobretudo ao nível da intervenção com sem-abrigo e pessoas com doença mental e crónica. Pretendem ocupar pessoas em situação de fragilidade social, promover competências e hábitos de trabalho, promover a autoestima, a capacidade de iniciativa e a socialização, bem como outras competências pessoais e sociais que sejam facilitadoras da reintegração comunitária, e se possível, no mercado de trabalho. Para além de um espaço formativo, constituem-se acima de tudo como um espaço onde as pessoas podem estar, muitas vezes dar um sentido à vida, reorganizarem-se ou finalizarem um processo de recuperação ou tratamento. Este espaço é frequentado por pessoas à procura do primeiro emprego ou desempregadas de longa duração, a maior parte delas com patologias mentais, doenças crónicas ou com idade próxima da reforma por velhice mas já sem condições de integrar o mercado de trabalho. A maior parte dos clientes são pessoas em situações sociais e psicológicas muito degradadas com experiências de vida muito negativas, em situação de isolamento social e que passariam o dia sozinhas em casa (ou na rua) caso não tivessem este suporte.
Dinamiza-se ainda atividades de animação para os clientes, atividades que envolvam a reciclagem e o reaproveitamento de materiais numa lógica de economia ambiental e ainda numa ótica de trabalho de competências socias e emocionais.
1.11 - Ateliers de Desenvolvimento de Competências para Jovens dos 12 aos 16 anos
Este serviço abrange jovens, dos 12 aos 16 anos de idade, com dificuldades de aprendizagem, absentismo/insucesso escolar, oriundos de famílias multiproblemáticas, nas atividades decorrentes desta resposta social. A participação, em período letivo e de férias escolares, em atividades de animação sócio-cultural e aprendizagem de Ateliers de desenvolvimento de competências nas áreas da Informática, Serralharia, Expressões Artísticas, Fotografia, Animação, bem como o apoio psicossocial que beneficiam, permitem aos jovens a aquisição de experiências enriquecedoras ao nível artístico e sócio-pedagógico.
1.12 - Banco de dinamização de atividades para a Inclusão Social e Grupos Interajuda
A instituição organiza atividades complementares com o objetivo de promover a cidadania, informar sobre direitos e deveres dos cidadãos em várias áreas, promover a tolerância, a cidadania, a aceitação e o respeito pela diferença, envolver recursos da comunidade e sensibilizar as empresas locais para a responsabilidade social constituindo como um meio facilitador para acesso a informação útil, particularmente sobre legislação relevante.
Com estas atividades pretende-se que sejam dirigidas a indivíduos e famílias pertencentes a territórios isolados e meios desfavorecidos, beneficiários de RSI, pensionistas, desempregados e todos os beneficiários de outras respostas sociais, idosos e pessoas com limitações na autonomia e dificuldade de acesso à informação e a comunidade em geral.
Ainda neste âmbito, a instituição organiza e/ou participa a nível nacional através da Cruz Vermelha Portuguesa e/ou outras entidades, sempre que possível, em Campanhas de Recolha de Alimentos, brinquedos, material escolar e outros considerados pertinentes para promover a qualidade de vida das famílias.
2 - Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS)
O Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, consiste numa prestação incluída no subsistema de solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária.
Através da celebração do Protocolo com o Instituto da Segurança Social, efetua-se o acompanhamento psicossocial de 100 agregados familiares, sendo desenvolvidas ações no âmbito do acompanhamento de famílias vulneráveis, através da elaboração de informações sociais, visitas domiciliárias, diagnósticos sociais, elaboração e celebração de contratos de inserção, bem como acompanhamento social.
Além do acompanhamento supracitado, a intervenção com os beneficiários, traduz-se na dinamização de:
3 - Protocolo Rede Solidária de Cantinas Sociais - Plano de Emergência Social
Através de um Protocolo celebrado em 28 de Maio de 2012 com o Instituto Segurança Social, a Delegação de Águeda introduziu mais uma resposta social. A Cantina Social insere-se na Rede Solidária das Cantinas Sociais e constitui-se como uma resposta de intervenção no âmbito do Programa de Emergência Social, que tem como objetivo suprir as necessidades alimentares dos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade socioeconómica, através da disponibilização de refeições. Os beneficiários da Cantina Social têm que se enquadrar numa das seguintes condições: Idosos com baixos rendimentos; Famílias expostas ao fenómeno do desemprego; Famílias com filhos a cargo; Pessoas com deficiência e Pessoas com dificuldade em ingressar no mercado de trabalho.
4 - Acompanhamento a Vítimas de Violência Doméstica
A Delegação de Águeda da CVP destaca-se pela excelência, inovação e resposta integrada às necessidades das pessoas mais vulneráveis. Desde 2005, desenvolve uma intervenção focada no apoio a vítimas de VD através de serviços e projetos estruturados, como:
A atuação da Delegação de Águeda reflete um compromisso contínuo com a proteção e capacitação das vítimas, evidenciando a sua relevância como entidade de referência na região.
5 - Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica - EAVVD Dar Voz - Ficha de Projeto
A Estrutura Dar Voz constitui uma resposta específica de proteção às pessoas vítimas de Violência Doméstica, prestando-lhes o apoio social, psicológico/emocional, e jurídico, de forma gratuita e confidencial. A Equipa Dar Voz assegura localmente o apoio, consoante as necessidades de cada pessoa. Promove a informação, o atendimento e o acompanhamento às pessoas vítimas, assim como a realização de ações de prevenção e de sensibilização para públicos estratégicos e para a comunidade em geral. Integra geograficamente a sua área de intervenção nos municípios protocolados de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha, Águeda, Anadia e Oliveira do Bairro.
Em 2024, a EAVVD Dar Voz acompanhou 184 processos de violência doméstica, dos quais 117 correspondem a novos casos. Foram realizados 1554 atendimentos presenciais e telefónicos de âmbito psicológico, social e jurídico, resultando em 578 encaminhamentos que garantiram respostas de proteção, capacitação e autonomização das vítimas. Estes encaminhamentos foram efetuados em articulação com órgãos de segurança, judiciais, a Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, serviços de saúde, educação, emprego, entre outros.
Adicionalmente, foram estabelecidos 350 contactos relacionados com a monitorização do risco de violência doméstica, revisão de planos de segurança e de intervenção, sempre em articulação com as vítimas e os serviços envolvidos.
Funções da Equipa Técnica:
A equipa técnica da EAVVD desempenha funções essenciais no acompanhamento às vítimas adultas de violência doméstica, nomeadamente:
Sensibilização e Parcerias: Em 2024, a Dar Voz realizou 57 campanhas e ações de sensibilização, abordando temáticas como violência doméstica, violência no namoro e igualdade de género. Foram ainda promovidas 57 reuniões com parceiros, focadas na discussão de casos, estabelecimento de protocolos e criação de planos de prevenção e combate à violência doméstica e de género.
Folheto | Ficha de Encaminhamento
6 - RAP DAR VOZ - Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens Vítimas de Violência Doméstica
Para além do apoio prestado às vítimas adultas, a Estrutura Dar Voz também presta acompanhamento às crianças e jovens vítimas de violência doméstica. A RAP Dar Voz inclui serviços de apoio psicológico e psicoterapêutico, de forma gratuita e confidencial. Esta resposta abrange os municípios protocolados de Águeda, Anadia, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga, Murtosa e Ovar, com intervenção específica nas freguesias de Esmoriz, Cortegaça e Maceda.
Em 2024, a RAP Dar Voz acompanhou 44 processos de crianças e jovens vítimas de violência doméstica, realizando 238 atendimentos de apoio psicológico e 178 atendimentos interinstitucionais. Estas intervenções incluíram sessões, reuniões de articulação e trabalho com outras respostas da comunidade, visando uma ação concertada para promover a segurança e o bem-estar físico, psicológico e social das crianças e jovens. Adicionalmente, registaram-se 1151 diligências relacionadas com a monitorização do risco, revisão de planos de segurança e intervenção, sempre com o objetivo de reforçar a proteção e o acompanhamento das vítimas.
Sensibilização e Parcerias: Foram realizadas 30 campanhas e ações de sensibilização sobre temas como violência doméstica, violência no namoro e igualdade de género. Além disso, a RAP promoveu 31 reuniões com parceiros, abordando a discussão de casos, criação de protocolos e planos de prevenção e combate à violência doméstica e de género.
Este relatório está alinhado com as orientações da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), em conformidade com o Decreto Regulamentar n.º 2/2018. Em 2025, a Dar Voz pretende dar continuidade ao plano de atividades de 2024.
7 - CAEVVD - Casa de Acolhimento de Emergência Para Vítimas de Violência Doméstica - Ficha de Projeto
Em 2024, a Casa Superação acolheu 49 pessoas, das quais 31 eram mulheres e 18 seus dependentes, menores e/ou maiores de idade. Durante este período, destacam-se 50 encaminhamentos para cuidados médicos e a realização de 13 ações de sensibilização sobre violência doméstica contra as mulheres. Das 31 mulheres acolhidas, 3 efetivaram o seu processo de autonomização através de arrendamento de casa noutro concelho; 1 regressou ao país de origem; 4 iniciaram o seu processo de autonomização (procuraram acolhimento noutra estrutura);10 em consciência optaram por Casa Abrigo; 1 voltou para o meio de origem (agressor) com medida de proteção aplicada; 5 voltaram para o meio de origem (agressor) sem medida de proteção aplicada; 1 fugiu da CAEVD; 2 foram expulsas por incumprimento do Regulamento Interno.
Foram estabelecidas parcerias informais com diversos serviços de proximidade e apoio à população, incluindo os Serviços de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS), a GNR, a farmácia local, a Unidade Local de Saúde de Águeda (ULS), a Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa. Além disso, foi celebrado um protocolo de cooperação com a Estrutura de Atendimento e Acompanhamento a Vítimas de Violência Doméstica (DAR VOZ EAVVD) e a Resposta de Apoio Psicológico para Crianças e Jovens Vítimas de Violência Doméstica (RAP). Os resultados alcançados refletem o impacto positivo do projeto, desenvolvido no âmbito da execução prevista entre o dia 01 de maio de 2024 e novembro de 2025. Para 2025, a Casa Superação compromete-se a dar continuidade ao trabalho realizado, com o objetivo de atingir uma taxa de ocupação de 80%, correspondente a 144 acolhimentos, em conformidade com as metas estabelecidas. Este esforço será viabilizado por um orçamento elegível máximo de 259.000,00€, destinado à manutenção e ao fortalecimento das respostas de acolhimento e proteção disponibilizadas.